O município da Serra é o único do Estado a dar início a um novo conceito de atendimento para pessoas com risco cardiovascular e doenças crônicas não transmisssíveis, entre elas diabetes e hipertensão. Nesta quinta-feira (1º), 20 servidores da Secretaria de Saúde começam o treinamento para a implantação de um protocolo criado pelo Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, com o apoio do Ministério da Saúde. A abertura será às 8 horas, na Faculdade Multivix.

Somente 22 municípios do Brasil foram escolhidos para participar da capacitação. A escolha teve como base a estrutura da rede de atenção primária da Prefeitura da Serra, que possui 23 Unidades de Saúde com o Programa de Saúde da Família (PSF); e sua representatividade com relação à quantidade de munícipes.

O protocolo irá qualificar a tomada decisão no cotidiano da atenção à saúde, favorecendo que os profissionais se baseiem em diretrizes harmônicas e explorem o potencial de toda a equipe na promoção do cuidado integral.

Na Serra, a maioria dos atendimentos nas Unidades de Saúde tratam do risco cardiovascular e de doenças crônicas. “O protocolo vem para organizar o fluxo de atendimento da assistência básica, qualificando o cuidado com os pacientes, melhorando e otimizando a acesso destes serviços à população”, afirmou a subsecretária de Saúde, Cristiane Stem.

O treinamento será realizado até setembro, mês em que está prevista a apresentação de um projeto de aplicação para o protocolo na Serra. Inicialmente, a ideia é de que ele seja aplicado em uma Unidade de Saúde piloto a ser definida. Durante a capacitação, os 20 participantes irão avaliar diversos aspectos quanto à sua funcionalidade, considerando as peculiaridades do município.

O Ministério da Saúde tem como parceiro na elaboração do conteúdo dos Protocolos da Atenção Básica o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês (IEP/HSL), por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). Os cursos serão ministrados pelo consultor do IEP/HSL e  professor da Unicamp de Saúde Coletiva Adail de Almeida Rollo.

“Esperamos que nas 22 cidades escolhidas possamos avaliar a pertinência da aplicação do protocolo, como aplicá-lo nestes municípios, e, em um segundo momento, implementá-lo”, disse Rollo.