Serra avança na eliminação de focos de dengue em entulhos, sucatas e lixo

Levantamento aponta os recipientes responsáveis pela maioria dos focos de dengue encontrados na Serra

Serra avança na eliminação de focos de dengue em entulhos, sucatas e lixo


Texto: Amanda Amaral - Foto: Secom/PMS

O resultado do novo Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) apontou os depósitos responsáveis por conter o maior número de criadouros do mosquito.

Grande parte dos recipientes ainda se encontra nas residências, porém, na comparação com o resultado anterior, os focos em lixo, sucatas e entulhos diminuíram após realização de mutirões e ações conjuntas.

O 1º LIRAa de 2024 (janeiro) identificou que o índice de infestação dos criadouros do mosquito em locais com lixo, entulho e sucatas era de 19,8%. Já este 2º LIRAa (maio) apontou índice de 9,7% para estes recipientes.

Essa redução é fruto de ações desenvolvidas pela Prefeitura. Desde o início do ano  foram promovidas uma série de iniciativas intersetoriais e mutirões, resultado de parcerias entre as secretarias de Saúde, Serviços e Desenvolvimento Urbano por meio do Setor de Posturas, entre outras, além do apoio do Corpo de Bombeiros durante ação em Jardim Tropical.

Tais atividades são realizadas em locais estratégicos da cidade e unem diversos serviços da Prefeitura da Serra e instituições parceiras para o combate mais intenso aos focos do mosquito em entulhos, lixo e sucatas.

As ações conjuntas são resultado de debates na Sala de Situação da Serra, que acontece desde de outubro de 2023, e na qual a dengue é tema de discussão.

Os dados e os casos de arboviroses são analisados sistematicamente por uma equipe técnica da Prefeitura da Serra com objetivo de organizar os serviços, controlar a doença e evitar óbitos. Os técnicos se reúnem para avaliar a situação e traçar estratégias com base no Plano Municipal de Contingência das Arboviroses.

Confira o índice por tipo de recipiente do último LIRAa:

1º) 1139,6% - vasos/frascos com água, prato, garrafas, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, sanitários estocados, outros.

2º) 28,6% - reservatório de água, complementar, para consumo humano (caixa d’água).

3º) 14,9% - tanques em obras, borracharias e hortas, calhas, lajes e toldos em desníveis, ralos, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, fontes ornamentais, floreiras/vasos em cemitério, cacos de vidro em muros, outros.

4º) 9,7% - refere-se ao lixo (recipientes plásticos, garrafas, latas), sucatas em pátios e ferros velhos, entulhos em construção.

Infestação Predial

O LIRAa também indica a porcentagem de imóveis com a presença de larvas do Aedes aegypti por meio do Índice de Infestação Predial (IIP) na Serra. De acordo o atual levantamento, o índice foi de 1,2%, o que é considerado médio risco, segundo parâmetros do Ministério da Saúde. Esse resultado também demonstra a redução em relação ao observado no LIRAa de janeiro de 2024 (3,6%).

O que é o LIRAa?

O LIRAa consiste em um método simplificado estabelecido pelo Ministério da Saúde para obtenção rápida de indicadores entomológicos e que permite conhecer a distribuição do vetor Aedes aegypti. 

O objetivo é identificar os locais com focos do mosquito, possibilitando traçar um mapa dos pontos mais infestados. Com isso, é possível aperfeiçoar o planejamento de ações de combate ao Aedes aegypti e criar estratégias para exterminar os criadouros.

São realizados quatro LIRAa por ano. No levantamento feito em maio na Serra, em 07 regioes do município, dos 130 bairros cadastrados no Sistema de Informações de Controle de Vetores de Arboviroses Transmitidas por Mosquitos (SISCATMOS), 124 estavam aptos a serem trabalhados. Foram pesquisados 10.992 imóveis e coletadas 193 amostras que foram analisadas no laboratório do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde da Serra (VAS).