As empresas precisam ter um manual de gestão de crises que norteie comportamentos, ações e palavras diante do que pode ser evitado. A afirmação foi feita durante encontro com os profissionais da Secretaria de Comunicação nesta quarta-feira (11). O tema foi “Abordagens sobre gestão de crises no setor público”.

Rose Vidal, pós-doutora em Research Communication pela MCGill University do Canadá e sócia proprietária da RV Comunicação Profissional, foi a palestrante e destacou que crise não é a mesma coisa que emergência.

“Emergência é um servidor perder um documento. Crise é quando esse documento tem informações confidenciais que se tornam públicas. No caso de políticos, quando cai na mão do adversário”, esclarece.

Segundo a pós doutora, 90% das crises podem ser evitadas, desde que a equipe esteja comprometida em percorrer o caminho adequado. “É fundamental elencar crises passadas e conhecer detalhes, os envolvidos e os ruídos que a provocaram. Esta é a forma segura de administrar as próximas ”, enfatiza.

Houve grande interação nesse encontro, mas o que ficou bem claro aos servidores da pasta é de que em tempos de velocidade digital, as respostas precisam ser imediatas.

“Hoje brigamos contra o tempo. Estourou a crise, não dá para esperar. Hoje prevalece a dromocracia (dinâmica subordinada à exigência da rapidez e velocidade)”, destaca.

Apesar da presença cada vez mais frequente da inteligência artificial nos processos de comunicação, Rose pontuou que a humanização nos relacionamentos precisa ser considerada, e também que a base da comunicação é o respeito.

E concluiu: “A comunicação é a única ciência que não tem um objeto específico de estudo. E a assertividade é fundamental. E notas devem ser evitadas e usadas apenas em último caso”.

Deborah Hemerly, secretária de Comunicação, frisou a satisfação com o resultado desses encontros. “Tenho certeza que nossa equipe sai melhor a cada oportunidade de interagir com profissionais tão respeitados”.