IPS empossa primeiro Conselho Fiscal de sua história e apresenta ótimos resultados no 1º semestre
O Instituto demonstra ainda mais zelo e responsabilidade na gestão dos recursos

Texto: Daniel Nogueira Vargas
- Foto: Divulgação
O Instituto de Previdência dos Servidores da Serra (IPS) inicia agosto renovado e avançando. Isso porque tomaram posse, na última quinta e sexta-feira (7 e 8), os primeiros conselheiros fiscais da história da autarquia, além da nova configuração do Conselho de Administração, que agora obedece a composição estabelecida pela Lei Complementar 7/2024. Confira a lista com os nomes dos conselheiros ao fim da matéria.
Além de acessarem toda a documentação necessária para conduzirem bem seus mandatos, os Conselhos aprovaram os calendários de reuniões e foram comunicados de notícias excelentes envolvendo o patrimônio e os investimentos do Instituto no primeiro semestre de 2025.
De acordo com a empresa que presta consultoria ao IPS na área de investimentos, a autarquia atingiu um total geral de carteira de mais de R$ 566 milhões, tendo como grande destaque a renda variável, a qual teve o resultado expressivo de mais de R$ 73 milhões no período.
O trabalho de diversificação de carteira somado a uma visão mais conservadora, com maior parte dos títulos públicos em renda fixa (mais de R$ 475 milhões) e marcados na curva, fizeram com que o Instituto garantisse uma evolução patrimonial significativa de mais de R$ 62 milhões, comparando-se os meses de dezembro de 2024 e junho deste ano.
A rentabilidade no período foi de 9,58%, ou seja, 3,98% acima da meta atuarial estabelecida na Política de Investimentos. O diretor-presidente Wellington Freitas comentou sobre os resultados.
“A previsão é que, até o fim do ano, dobremos o resultado da meta atuarial. Isso dependerá do mercado, obviamente, mas não mediremos esforços enquanto Gestão para alcançarmos. Para isso, faremos, inclusive, um novo estudo atuarial pós-reforma”, relatou Wellington.
E para que as palavras do diretor-presidente se tornem realidade, não faltará informação. É o que diz a diretora administrativa e financeira Elaine Lima.
“Além de estarmos aperfeiçoando a área de transparência, já reservamos recursos para capacitarmos os conselheiros. A meta é que todos sejam certificados pelo Ministério da Previdência Social, a fim de avançarmos de nível no Pró-Gestão e desenvolvermos ainda mais nossos serviços”, pontuou Elaine.
O que faz, resumidamente, cada um dos conselhos
O Conselho de Administração é o grupo que toma as decisões mais importantes sobre os rumos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Ele é responsável por definir estratégias, identificar e enfrentar riscos (internos e externos) que possam atrapalhar ou impedir o sistema de cumprir seus objetivos.
Já o Conselho Fiscal trabalha de forma independente da Diretoria-Executiva e do Conselho de Administração. Ele existe para acompanhar como a gestão está sendo feita e garantir que tudo esteja dentro da lei e das regras da organização. Em outras palavras, verifica se o que a Diretoria-Executiva faz está de acordo com as políticas e decisões tomadas pelo Conselho de Administração.
Entenda o conceito
O que é investimento em renda variável?
É quando você aplica dinheiro em algo cujo retorno não é fixo nem garantido, ou seja, você não sabe exatamente quanto vai ganhar ou perder no futuro. O exemplo mais comum são ações de empresas: se a empresa vai bem, o valor das ações tende a subir e você pode ganhar; se vai mal, o valor pode cair e você perde parte do que investiu.
O que é investimento em renda fixa?
É quando você aplica dinheiro e já sabe, no momento da aplicação, qual será a regra de rendimento, ou seja, é mais previsível que a renda variável. Funciona assim: você “empresta” seu dinheiro para um banco, empresa ou governo, e eles se comprometem a te devolver esse valor depois, com juros.
O que é título marcado na curva?
É um investimento em renda fixa cujo valor é calculado como se você fosse mantê-lo até o vencimento, ignorando as variações do mercado no meio do caminho.
O que é meta atuarial?
É, basicamente, a “nota mínima” que um fundo de previdência precisa tirar todo ano para garantir que terá dinheiro suficiente para pagar todos os benefícios no futuro. Ela é formada por dois itens: inflação esperada (para que o dinheiro mantenha o poder de compra ao longo do tempo); e juros reais (um rendimento extra acima da inflação, para fazer o patrimônio crescer).
Confira a composição dos Conselhos Fiscal e de Administração