IPS orienta segurados e a população sobre a esclerose múltipla

Entenda quais são os sintomas da doença e como buscar tratamento

IPS orienta segurados e a população sobre a esclerose múltipla


Texto: Daniel Vargas - Foto: Secom/PMS

De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 40 mil brasileiros são portadores de esclerose múltipla. A esclerose é uma doença neurológica, crônica e autoimune, sendo assim, faz com que as células de defesa do organismo ataquem o próprio sistema nervoso central, causando lesões no cérebro e medula.

Infelizmente, apesar do esforço de cientistas ao redor do mundo, ainda não foram descobertas as causas desse mal e, por essa razão, além de a esclerose não ter cura, não pode ser prevenida. O que existe são formas de aliviar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.

Pensando nessas questões, o Instituto de Previdência dos Servidores da Serra (IPS) preparou um material para orientar seus segurados sobre o tema e proporcionar mais qualidade de vida aos portadores. O material é fruto de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Previdência (Deprev). Leia e compartilhe com seus conhecidos:

Quais são os sintomas mais comuns da esclerose múltipla?

São vários: cansaço intenso e momentaneamente incapacitante, principalmente, após exposição ao calor e esforço físico pesado; alterações ligadas à fala (lentidão, voz trêmula) e deglutição (dificuldade para engolir líquidos, alimentos pastosos ou sólidos); transtornos visuais (visão embaçada ou dupla); problemas de equilíbrio e coordenação (tremores, instabilidade ao caminhar, vertigens, náuseas e fraqueza geral); rigidez dos membros, especialmente, dos inferiores (surge como uma sensação de queimação ou formigamento); dificuldades no processamento da memória e execução de tarefas; transtornos emocionais como depressão, ansiedade, irritação e flutuação de humor entre depressão e mania (intensa euforia); disfunção erétil nos homens; e, nas mulheres, diminuição da lubrificação vaginal e comprometimento da sensibilidade do períneo, interferindo, em ambos os gêneros, no desempenho do ato sexual.

Qual profissional devo procurar para diagnosticar e tratar a doença?

Inicialmente, um clínico geral, que irá realizar exames físicos e revisar o histórico médico, podendo, posteriormente, encaminhá-lo a um neurologista. Contudo, como os sintomas são inúmeros e a doença não tem cura, o ideal é que o portador se cerque de uma equipe multidisciplinar, para que tenha mais qualidade de vida. Desse modo, o clínico geral também poderá indicar profissionais como: neuropsicólogo; enfermeiro; assistente social; psicólogo; fisiatra; fisioterapeuta; terapeuta ocupacional; nutricionista ou nutrólogo; fonoaudiólogo e terapeuta recreativo.

Como é o tratamento?

Em termos de medicação, com cortiscosteroides, popularmente conhecidos como corticoides, que são anti-inflamatórios que reduzem a vermelhidão, o inchaço e a atividade do sistema imunológico em geral, que é o sistema responsável pela defesa do corpo contra doenças e infecções. Em caso de constipação intestinal (dificuldades para evacuar), podem ser receitados amolecedores do bolo focal ou laxantes.

E há tratamentos não medicamentosos?

Sim, e devem ser realizados de forma regular. São eles: bicicleta estática; passeios; natação; alongamentos; fisioterapia; evitar altas temperaturas, por exemplo, não tomando banho quente; não fumar; e, em caso de incapacidade, não deixar de procurar a reabilitação com os profissionais anteriormente citados.