Operação fiscaliza bicicletas elétricas e flagra mais de 50 irregularidades
Ação em Colina de Laranjeiras flagrou veículos modificados que exigem placa e habilitação; condutores foram autuados
Texto: Elton Lyrio
- Foto: DOT/Divulgação
Uma operação realizada na noite da última sexta-feira (12), em Colina de Laranjeiras, teve como foco as bicicletas elétricas irregulares. A ação, realizada entre 17h e 1h, na Avenida Braúna, foi coordenada pela Secretaria de Defesa Social da Serra (Sedes), por meio do Departamento de Operações de Trânsito (DOT), e também contou com a participação da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Ao todo, 203 veículos foram abordados, sendo que 80% (162) foram motocicletas e ciclomotores, categorias onde se encaixam as bicicletas elétricas irregulares. Foram flagradas 58 infrações, sendo que as mais comuns foram falta de licenciamento (17 autuações) - a maioria referente a veículos autopropelidos sem registro —, capacete ou viseira irregular (11), uso de calçado inadequado (8), além de seis flagrantes de condutores sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Também foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por entrega de veículo a pessoa não habilitada. Essa infração é considerada crime de trânsito.
A secretária de Defesa Social e vice-prefeita da Serra, Gracimeri Gaviorno, reforça que a presença das equipes na rua tem um objetivo maior que a simples fiscalização: preservar vidas. "A nossa prioridade absoluta é a manutenção da ordem pública em áreas de grande circulação. Quando retiramos de circulação um veículo precário ou impedimos que alguém sem preparo conduza no meio do trânsito, estamos prevenindo tragédias e garantindo que as famílias possam ir e vir pela nossa cidade com tranquilidade”, afirma a secretária, destacando a importância da ação integrada.
Muitos condutores desconhecem, mas transformar uma bicicleta comum instalando um motor a combustão ou excedendo a potência permitida muda a categoria do veículo perante a lei. O diretor do Departamento de Operações de Trânsito (DOT), Fábio Alves, explica que, nesses casos, o equipamento passa a ser considerado um ciclomotor ou motocicleta, exigindo placa, licenciamento e Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Não é apenas burocracia, é uma questão de física. Esses veículos adaptados atingem velocidades incompatíveis com a estrutura de uma bicicleta comum, colocando o condutor e quem passa por ele em perigo real. Além disso, mesmo para um ciclomotor que não esteja irregular, é preciso seguir as regras de segurança para conduzir”, alerta o diretor.